REDAÇÃO PEDALAR​

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Tem uma bike para doar? Recuperar as magrelas e disponibilizá-las para comunidades carentes da capital pernambucana é uma forma de aproximar o cicloativismo da periferia. A Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) inaugurou o “Bota Pra Rodar” em fevereiro de 2016, que é sistema de compartilhamento de bicicletas que promove a interação entre jovens de diferentes classes e a quebra de barreiras sociais.

 

O trabalho desenvolvido consiste no recolhimento de bicicletas sem uso, que passam por reparos pelos próprios moradores da comunidade e são entregues para a população de baixa renda, tornando-se públicas. O objetivo é promover o direito à cidade sustentável através da utilização das bikes comunitárias enquanto ferramenta de mobilidade urbana e integração social. O “Bota Pra Rodar” começou com a coleta de 40 bicicletas antigas ou que estavam esquecidas por seus usuários. Nem todas foram aproveitadas, mas essas serviram para fornecer peças que puderam ser utilizadas na montagem de outras bikes.

 

Além disso, o projeto incluiu inicialmente 23 jovens da comunidade de Caranguejo Tabaiares, localizada entre os bairros de Afogados e Ilha do Retiro, na Zona Oeste do Recife. Todos eles aprenderam a montar, reparar e pintar as bikes. Com o aprendizado na oficina, os garotos ficaram responsáveis por fazer a manutenção das bicicletas do projeto. Ainda há um bicicletário equipado com uma bomba de ar para calibrar os pneus, e uma mini oficina com as ferramentas adequadas para a manutenção.

 

Como funciona

 

Para o morador ter acesso às bicicletas, basta fazer um cadastro e não precisa pagar para usá-las. Os usuários recebem um cadeado para protegê-las durante o uso. O sistema de compartilhamento comunitário é gerido pela própria comunidade, sem burocracias e necessidade de cartões de crédito ou smartphone. A ideia é que as pessoas cuidem da bike ao utilizá-la e devolvam para que outra pessoa também seja contemplada.