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Sistema de aluguel de bikes públicas cresce, mas

periferia não tem acesso

REDAÇÃO PEDALAR

Com as mesmas cores do semáforo, os sinais verde, amarelo e vermelho no sensor da Bike PE representam a mobilidade urbana. Na Região Metropolitana do Recife, o projeto de aluguel de bicicletas públicas tem feito sucesso, principalmente depois que passou por uma evolução tecnológica há pouco mais de um ano, financiada pelo Banco Itaú Unibanco em parceria com a Tembici, empresa paulista que opera o sistema. 

Após a modernização do sistema de compartilhamento de bicicletas públicas, em setembro de 2017, um crescimento de 168% na utilização das laranjinhas foi registrado. Com números positivos, a promessa é dobrar a quantidade de estações na cidade do Recife, de 80 para 160 unidades, a partir de 2019. A ampliação é discutida entre o governo de Pernambuco, via gerência de Ciclomobilidade (da Secretária de Turismo) e a Tembici. 
A operação do Bike PE conta com 800 bicicletas, mas não atende à periferia. As estações estão instaladas em bairros de classes alta, média e baixa.

 

A expansão do programa será feita exclusivamente na cidade do Recife, subindo para 1.600 bikes. Já Olinda e Jaboatão dos Guararapes permanecem com apenas sete e cinco pontos da rede em operação, respectivamente,  

De acordo com o gerente de Ciclomobilidade de Pernambuco, Jason Torres, a ampliação prevista para o próximo ano não vai contemplar as comunidades. Segundo ele, a bike não é ideal para morros ou áreas de relevo acidentada. Para atender os bairros localizados no subúrbio, a saída seria bicicletas elétricas. Hoje, a ideia é vista como um sonho de consumo.

Em Fortaleza, por exemplo, o projeto de bike compartilhada entrou na periferia, além de possibilitar ao ciclista permanecer com o veículo alugado por 14 horas. No Grande Recife, o usuário tem no máximo uma hora para deixar a laranjinha na estação. 

 

Diferencial 

Por ser o único sistema de compartilhamento de bicicletas que tem integração com transporte público, Pernambuco se destaca. Quem possui o VEM estudante não paga pelo uso das laranjinhas. Por outro lado, a gratuidade do VEM trabalhador foi cortada sob o argumento de manter a rentabilidade do projeto.

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